sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

PROSPERIDADE EM 2012



Quando termina um ano e começa outro, uma das coisas que as pessoas mais dizem umas para as outras é “PŔOSPERO ANO NOVO”.

Vamos meditar um pouco nesta palavra “PŔOSPERO”. É uma palavra que nos faz lembrar de PROSPERIDADE, que para muitas pessoas significa riqueza sem medida.
Mas o que a Bíblia fala sobre prosperidade ? Nas Sagradas Escrituras, a prosperidade estava sempre ligada à obediência e ao trabalho dedicado. Ou seja, se as pessoas atendessem as ordens divinas e se esforçassem, seriam prósperas.
Por exemplo, Dt 8.18: “Antes te lembrarás do SENHOR teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza”. E ainda, em Dt 28.2 “E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus”. Temos ainda Pv 10.22 “A bênção do Senhor é que enriquece”.
Portanto, a Bíblia não mostra prosperidade como o simples acumular riquezas, não mostra prosperidade como o “ter muito”, mas sim como uma vida de comunhão com Deus, e que só então a partir daí as riquezas materiais podem ser consideradas como algo pertencente à prosperidade. 
 
A Bíblia deixa claro que é possível a pessoa ter muitas riquezas e mesmo assim não ser próspero, pois leva uma vida afastada de Deus. No Salmo 73, por exemplo, o escritor fala que os ímpios, ou seja, as pessoas pecadoras e que vivem sem temor de Deus, também possuem riquezas, mas nem por isso significa que Deus se agrada delas. Melhor é o pobre íntegro em sua conduta do que o rico perverso em seus caminhos. Provérbios 28:6
A Bíblia também nos aconselha: Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Provérbios 23:4
A Palavra de Deus também mostra que tanto o rico quanto o pobre dependem do favor divino. O rico e o pobre se encontram; a todos o SENHOR os fez. Provérbios 22:2
Diante de tudo isso, não se pode concordar com a idéia de que riqueza é sempre um sinal da benção de Deus, e que pobreza é sempre um sinal de que a pessoa é preguiçosa, é amaldiçoada, tem encosto, etc.
A idéia de prosperidade também está muito ligada à saúde e à doença (ou falta de saúde). Muitas pessoas acreditam que uma saúde de ferro é sinal da benção divina, enquanto que doença é sempre maldição e obra do diabo na vida da pessoa.
O que diz a Bíblia sobre isso ? Lemos em Ex 15.26 que Deus se apresenta como sendo “Eu sou o Senhor que te sara”, mas ao mesmo tempo, lemos em Dt. 32.39 “eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro”. Concluímos facilmente que tanto a doença quanto a saúde dependem do favor divino, e que Deus pode usar as duas para glorificação do seu Nome.
Vemos isso muito bem na história do cego de Jericó, contada no Evangelho de João, quando Jesus declara que aquele homem era cego não porque seus pais ou ele tivessem pecado, mas que ele tinha nascido cego para que as obras de Deus se manifestassem na vida dele; ou seja, ele tinha nascido cego por vontade divina, para que naquele momento Jesus o curasse.
A Bíblia ainda nos mostra que a prosperidade está ligada à generosidade e à solidadariedade: A alma generosa prosperará, e aquele que atende também será atendido. Provérbios 11:25. Portanto, é bíblico ajudar o próximo e o necessitado, e contribuir para a obra de Deus com gratidão e amor, na certeza da ajuda divina no futuro.
Muita gente espera a prosperidade, ou seja, as riquezas, caírem do céu, sem que elas nada tenham a fazer. A Bíblia não apóia isso. Desde o Jardim do Éden, o homem já trabalhava (Gn 2.15) cuidando do jardim, vigiando e lavrando.
É claro que com o pecado o trabalho ficou mais penoso, mas para quem acha que trabalhar é um castigo divino, está errado. A Bíblia enobrece o trabalho honesto, e literalmente “senta a lenha” na preguiça. Veja só: 
As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza (Pv 10.14); 
O preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos (Pv 13.4); 
As mãos diligentes governarão, mas os preguiçosos acabarão escravos (Pv 12.24); 
Viste o homem diligente na sua obra? Será colocado diante dos reis será posto; não ficará entre os de posição inferior ( Pv 22.29).
Os heróis da fé da Bíblia Sagrada todos eram pessoas trabalhadoras. Veja Gideão, limpando o trigo colhido; veja José, trabalhando na casa de Potifar, trabalhando na prisão, trabalhando como vice-rei do Egito; veja Josué, trabalhando como comandante dos exércitos israelitas; veja Moisés, trabalhando como pastor de ovelhas. Veja o profeta Daniel, trabalhando como conselheiro do rei e supervisor de 40 príncipes persas. Tudo gente muito ocupada, mas gente com comunhão com Deus, gente próspera.
Então, quem quiser ser alguém na vida só indo prá igreja orar, mas sem estudar, sem procurar um emprego, sem espalhar seus currículos, sem aceitar trabalhar muito e ganhar pouco no começo, está indo no caminho errado. Quem quiser prosperar só falando palavras proféticas de vitória e benção, não vai conseguir nada, porque nossas palavras não tem poder, quem tem é a Palavra de Deus.
Aliás, essa mania de falar para acontecer não é nada mais do que a famigerada Teologia da Prosperidade, uma heresia que tem se espalhado no meio evangélico com as deliciosas promessas de que é possivel o cristão viver sempre em saúde total e boa situação financeira, e que a pobreza e a doença são sempre sinais de maldição e ação diabólica na vida da pessoa.
Essas idéias estapafúrdias vem de um americano chamado Keneth Haggin, pregador que foi influenciado por outro chamado Essek Willian Kenyon, o pai da chamada “Confissão Positiva”, o qual, por sua vez, misturava textos bíblicos com ensinos de uma seita chamada Ciência Cristã; esta seita foi fundada por Mary Baker Eddy, supostamente curada pelo hipnotizador e curandeiro Fineas Quimby, criador do chamado “Novo Pensamento”. 
Portanto, a raiz dos ensinos da Teologia da Prosperidade não é cristã. Ela ensina, por exemplo, que nós somos deuses, então podemos fazer qualquer coisa. É isso que falou certa vez Keneth Copeland, um dos pregadores envolvidos com esse movimento: “cachorros geram cachorros, gatos geram gatos, e Deus gera deuses”. Ensina ainda que existem leis espirituais que obrigam Deus a nos atender sempre, do jeito que pedirmos. Diz ainda que, como Jesus já sofreu na cruz por nós, não precisamos mais sofrer nada, então devemos rejeitar toda doença e problema de nossas vidas.
Mas se tudo isso fosse mesmo verdade, porque a Bíblia diria que “muitas são as aflições do justo” (Sl 34.19) ?; ou ainda, que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At. 14.22); ou ainda, que devemos nos gloriar nas tribulaçções (Rm 5.3); ou ainda, que no mundo nós teremos aflições (João 16.33) ?
Essa heresia vem transformando igrejas em empresas, vem transformando pastores em administradores, vem transformando pregadores em simples arrecadadores de ofertas e dízimos, vem transformando ovelhas em lobos.
Deus não faz aquilo que podemos fazer por nós mesmos. Mas se fizermos o que nos cabe, certamente Ele nos fará prosperar.
Então, neste ano de 2012, vamos colocar o propósito de trabalharmos mais e melhor do que trabalhamos em 2011, na certeza de que nossos esforços serão recompensados por Deus, como lemos no salmo 90.25 "confirma a obra das nossas mãos". 

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