sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ó ISRAEL, QUEM É COMO TU ?

     Do final do século 19 até o ano de 1947, cerca de meio milhão de judeus vieram de diversas partes do mundo para uma região chamada pelos árabes de Palestina, o lugar onde hoje existe o Estado de Israel. Essas pessoas queriam criar um estado judaico, um refúgio contra a intolerância e as perseguições que sempre existiram contra os judeus desde a época da Idade Média. Esse movimento chamou-se SIONISMO, nome que vem de SIÃO, como antigamente era chamada a cidade de Jerusalém.
       Os sionistas diziam que a Palestina era “uma terra sem povo, para um povo sem terra”. Mas ali já moravam milhares de descendentes de árabes e de povos cananeus. A PALESTINA fez parte do Império Otomano até final da 1ª Guerra Mundial, quando passou a ser dominada pela Inglaterra. Depois da 2ª Guerra Mundial, o mundo ficou conhecendo as barbaridades do nazismo contra os judeus, e os países se convenceram que a criação de um estado judeu era urgente e inevitável, era uma questão de justiça.
      No ano de 1947, a região estava em pé de guerra, com árabes e judeus se atacando. A Inglaterra já não tinha capacidade de resolver o problema, e entregou a questão para a Organização das Nações Unidas.
     Em 29 de novembro de 1947, a Assembléia da ONU, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, decidiu repartir a Palestina entre árabes e judeus. Os judeus do mundo inteiro acompanharam a votação pelo rádio. A primeira votação, acontecida em 25 de novembro de 1947, teve o placar de 25 votos a favor dos judeus, 13 contra e 17 abstenções. Mas ainda havia outra votação, e os judeus precisavam de mais votos. O embaixador brasileiro Osvaldo Aranha, presidente da Assembléia da ONU aquele ano, encerrou a sessão ao entardecer, véspera do feriado de Ação de Graças, dando assim mais 4 dias para que os judeus conquistassem mais 8 votos a favor, decidindo a votação do dia 29 de novembro.
     Os seguintes países votaram “não” para a criação de um Estado judeu: Afeganistão, Arábia Saudita, Cuba, Egito, Grécia, Iêmen, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Paquistão, Síria e Turquia. O Brasil, graças a Deus, votou a favor.
     O brasileiro Osvaldo Aranha, que já tinha sido ministro da República, chanceler e embaixador, tinha sido convidado para um seminário nos Estados Unidos no final do ano de 1946; como o embaixador brasileiro Leão Velloso morreu de repente de um infarto, Osvaldo Aranha foi nomeado para o seu lugar, e logo em seguida escolhido presidente da Assembléia da ONU naquele ano; esse brasileiro teve um papel de destaque nessa votação, por isso, tornou-se um herói para os judeus, tanto que existe uma rua na cidade judaica de Telaviv com o nome dele, além de um centro cultural onde estão guardados parte de sua biblioteca e o martelo com o qual ele presidiu a sessão da ONU.
     Então, 6 meses depois da votação da ONU, em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, e uma explosão de júblilo percorreu as comunidades judaicas do mundo inteiro.
     A criação do Estado de Israel foi um grande consolo o povo judeu. Afinal, quase 2 mil anos antes, depois de uma fracassada rebelião contra os romanos, os judeus tinham sido mortos e escravizados, forçados a deixar sua terra, foi a chamada DIÁSPORA. Algo parecido também já havia acontecido no século 6º antes de Cristo, quando derrotados pelos babilônicos, tinham sido novamente escravizados.
     Mas os judeus nunca esqueceram sua terra. Na canção judaica da páscoa, há uma estrofe que fala “no ano que vem, em Jerusalém”. O hino nacional judaico chama-se “A Esperança”, e foi composto antes mesmo da criação do Estado de Israel.
     Mas no mesmo dia da criação do Estado de Israel estourou a primeira de muitas guerras que ainda viriam. Tropas do Egito, Jordânia, Síria e Iraque atacaram de surpresa, tendo morrido cerca de 10 mil soldados judeus, cerca de 1% da população judaica daquela época. Esse ataque surpresa poderia ter destruído Israel ainda no berço, mas a falta de união entre as tropas árabes permitiu que os israelenses se defendessem de um ataque de cada vez. Depois de 9 meses de combates (um verdadeiro parto), Israel não só venceu a guerra, como ainda conquistou mais 24% de territórios dos árabes.
     Mas não acabou aí. Em 1956, o Egito começou a Guerra de Suez, mas o exército israelense, agora mais reforçado, atacou as forças egípcias numa operação de quase 100 horas, tomando toda a região do Sinai e ganhando a batalha. No ano de 1967, outra aliança árabe do Egito, Jordânia e Síria preparou-se para nova guerra, mas Israel, prevendo a agressão, atacou primeiro. Apesar dos árabes terem exércitos 2 ou 3 vezes maiores, foram pegos de surpresa. A “Guerra dos 6 dias” até hoje é estudada em academias militares do mundo inteiro, por causa da genialidade do ataque israelense, pois centenas de aviões inimigos foram destruídos antes mesmo que pudessem decolar; só no primeiro dia da guerra, foram 350 caças a jato árabes. Israel tomou todo o território da Cisjordânia, e reconquistou a cidade sagrada de Jerusalém, inclusive o Muro das Lamentações. O Egito terminou a guerra derrotado com 10 mil mortos, 20 mil feridos, 5500 soldados prisineiros, 500 tanques destruídos, 300 tanques capturados, e mais 10 mil veículos diversos aprisionados pelos israelenses. A Jordânia perdeu 6 mil soldados, a Síria perdeu outros mil, e Israel perdeu apenas 764 soldados.
     Em 1973, ocorreu a “Guerra do Yom Kipur”, um ataque surpresa de vários países árabes contra Israel, na véspera de um grande feriado religioso judaico. Os árabes estavam melhor preparados e deram grandes perdas aos judeus. Mas a quantidade árabe foi derrotada pela qualidade israelense, quando na noite de 15 para 16 de outubro, um batalhão de tanques e soldados judeus cercou o exércio egípcio, enquanto ao mesmo tempo outro batalhão avançava para a capital da Síria, forçando a assinatura de um cessar-fogo intermediado pelos EUA e URSS. Vieram depois, até os dias de hoje, os ataques terroristas e as Intifadas, desferidos por diversos grupos islâmicos, como por exemplo o Hezbolah, que declara abertamente que seu objetivo é “varrer Israel do mapa”. Em todos esses conflitos, assim como no passado, foi possível verificar que, como em Josué 10.14, "Deus lutava por Israel".
     Hoje em dia, ainda se trava uma luta amarga e difícil entre judeus e palestinos. Mas ainda assim, Israel se firmou como uma potência militar no Oriente Médio, possuindo até mesmo armas nucleares.
     Israel é um país menor que o Estado de Sergipe, e mais da metade do seu território é areia; já enfrentou sete guerras e duas intifadas. Mas a economia israelense não pára de crescer, suas exportações são mais que a de seus vizinhos todas juntas, seu pib por capta é 4 vezes maior que odo Brasil e 5 vezes a média dos outros países árabes. Está em 1º lugar mundial na quantidade de engenheiros e cientistas, em 2º lugar na quantidade de empresas de alta tecnologia, em 3º lugar no empreendedorismo. Israel está em 22º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); só para comparar, o Brasil está bem mais embaixo (69º), e a tão festejada Arábia Saudita mais embaixo ainda, em 78º lugar.
     Veja algumas invenções moderna que foram feitas por cientistas e engenheiros israelenses: antivirus para computadores, correio de voz, messenger, zip, telefone celular, telefonia IP e processadores para computador Cetrino e Pentium 4. Em 60 anos, Israel deixou de ser um país qualquer para se transformar num país de primeiro mundo. Isso teve vários fatores: a imigração de pessoas capacitadas e trabalhadoras, ajuda financeira de judeus e simpatizantes estrangeiros, e até mesmo pela necessidade de construir armas melhores para se defender dos ataques dos países adversários, mas também ajudaram a pouca corrupção, um poder judiciário independente, proteção à propriedade intelectual e um governo democrático. Israel hoje não é só a terra do leite e do mel, mas também uma terra de alta tecnologia.
     Hoje em dia, os judeus são os donos de sua terra, e são capazes de defendê-la até a morte. A criação do Estado de Israel foi uma condição indispensável para a construção de uma sociedade normal, devolvendo a dignidade a um povo sofrido, discriminado e massacrado. Ficaram para trás as sombras do judeu agiota da Idade Média, do judeu assustados dos guetos alemães ou dos judeus aldeões da Europa Oriental. A vergonha judaica foi substituída pelo orgulho de seu país e pela autsoconfiança em seu povo, confirmando a Palavra de Deus, no Livro de Deuteronômio 33.28,29 “Israel, pois, habitará só, seguro, na terra da fonte de Jacó, na terra de grão e de vinho; e os seus céus gotejarão orvalho. Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo SENHOR, o escudo do teu socorro, e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas”.
     Parabéns ao povo judeu pelos 63 anos de fundação do Estado de Israel. Shalom Adonai.

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